A acessibilidade nas universidades é um assunto importante e precisa ser debatido por todos. De acordo com o Censo 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), menos de 7% da população deficiente possui o ensino superior completo. No entanto, há uma necessidade de se adaptar as universidades brasileiras para receber os alunos com deficiência e, principalmente, aqueles que têm mobilidade reduzida.
Neste sentido, o País ainda tem muito que avançar. Em 2012, foi criada a Lei de Cotas que define um sistema de reservas de vagas para pessoas indígenas, negras, pardas, de baixa renda ou de escolas públicas. Porém, somente cinco anos mais tarde que as pessoas com deficiência foram incluídas na proposta.
Já em 2017, a Lei 12.711/2012 foi regulamentada pelo Decreto 9.034/2017, que prevê que a quantidade de vagas reservadas seja proporcional ao total de vagas igual à de pretos, indígenas, pardos e pessoas com deficiência. No entanto, será que realmente há acessibilidade nas universidades brasileiras para as pessoas com deficiência? Qual é a importância de garantir o direito de ir e vir? As respostas para essas e outras perguntas você verá a seguir. Confira!
Há acessibilidade nas universidades brasileiras?
Todos nós sabemos que a pessoa com deficiência tem direito a educação e de cursar o ensino superior. Isso está garantido na Lei Brasileira de Inclusão (LBI), criada em 2016. No entanto, não há acessibilidade em muitas universidades brasileiras. Diversas delas têm somente escadas e não possuem rampas ou elevadores de acesso para o aluno com deficiência ou mobilidade reduzida.
As instituições devem ter a obrigação de adaptar os ambientes e garantir a acessibilidade nas universidades. Essa, inclusive, é uma das requisições do Ministério da Educação (MEC) para o credenciamento, recredenciamento, reconhecimento, autorização e renovação de cursos superiores. Segundo a Portaria Nº 20, as universidades devem ser acessíveis à todos.
Qual é a importância de garantir a acessibilidade nas universidades?
Além da instituição superior respeitar a lei, garantir a acessibilidade nas universidades é respeitar o próximo e o direito de ir e vir. A acessibilidade deve ser parte do dia a dia das universidades e abranger não apenas os ambientes físicos, mas os materiais didáticos e a comunicação entre alunos e professores.
No entanto, para garantir a acessibilidade é necessário planejar, pois as universidades não devem pensar apenas na deficiência física, mas na pessoa com deficiência auditiva, cognitiva e visual. Para cada tipo de deficiência, há um planejamento que garante a acessibilidade.
Quais os maiores problemas de acessibilidade nas instituições de ensino superior?
Há várias barreiras que precisam ser quebradas. Uma delas são os próprios sites das universidades que são completamente inacessíveis.
Quem tem deficiência visual precisa de leitores de tela e quando as imagens são exibidas devem apresentar o Atributo Alt (descrição alternativa). Entretanto, muitos sites ainda não contam com esse recurso, o que dificulta o entendimento do deficiente visual.
Já os surdos não compreendem as línguas orais como o português, e dependem da acessibilidade em Libras para se comunicar e obter a informação. Portanto, seria importante ter um professor habilitado em Libras ou um intérprete para auxiliar os alunos.
E agora falamos de outro problema que é para pessoa com mobilidade reduzida. Quantas escadas você terá que vencer até chegar a sua sala de aula? Se não há corrimãos e rampas nas universidades, que sejam então instalados elevadores de acessibilidade. O equipamento auxilia no deslocamento de um lugar para o outro e oferece o acesso aos andares.
Pois, a pessoa com deficiência precisa se sentir acolhida pela instituição de ensino superior, pelos colegas e professores. Afinal de contas, o mundo necessita de gente com mais empatia e que tenha mais amor ao próximo.
Por que um elevador de acesso é importante?
O elevador de acessibilidade possibilita a locomoção do estudante. Ele é necessário, principalmente nas universidades que não têm estrutura para construir rampas. O elevador é prático, seguro, fácil de instalar e não custará muito para a universidade que deseja respeitar a lei de acessibilidade.
Viu como é importante a acessibilidade nas universidades? Se você estuda em uma instituição que ainda não tem um elevador de acessibilidade, sugira a instalação do equipamento.
Você tem os seus direitos respeitados? Não? Acesse o nosso próximo post e saiba como fazer uma denúncia pela falta de acessibilidade!
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