A acessibilidade em restaurantes é um assunto que sempre deve ser debatido. As pessoas com deficiência e mobilidade reduzida devem, de acordo com a lei, estarem aptas a aproveitar de todos os espaços que qualquer um pode frequentar. Qualquer ação contrária a esse entendimento não tem nenhum respaldo da lei e é, inclusive, um golpe contra a cidadania.
E para além da questão da cidadania, que por si só já é motivação o suficiente para aplicar a acessibilidade em restaurantes, ainda há outras vantagens. Uma delas é o valor agregado ao estabelecimento, e claro, o aumento no faturamento e o impacto positivo na sociedade.
Neste artigo vamos falar um pouco disso. Vamos mais uma vez erguer a bandeira da cidadania e nos posicionar à favor da pessoa com necessidades especiais. Mas para além disso, também vamos abordar a ótima do lojista, e provar por A + B que a acessibilidade em restaurantes é mais do que gasto: é investimento.
Vamos com a gente?
Todos devem poder desfrutar do seu restaurante
As pessoas com deficiência estão aí, mesmo que muitas vezes ignoradas pela sociedade em geral e pelas estruturas criadas.
Quando um negócio novo abre, raramente a maior preocupação é com acessibilidade, e isso se reflete na paisagem das nossas cidades. Ainda que hoje a situação esteja bem melhor, é mais fácil encontrar prédios não adaptados do que o contrário.
Isso é um reflexo, é um sintoma. Não é que a maioria das pessoas não quer investir em acessibilidade, é que por tanto tempo não se pensava nisso que, em grande parte das vezes, os lojistas só vão lembrar da acessibilidade na hora que a fiscalização chegar. Isso é especialmente verdade para pontos alugados ou comprados já prontos.
Porém, não pensar na acessibilidade em restaurantes ou em qualquer outro negócio é absolutamente prejudicial para o próprio estabelecimento. Você se coloca em uma posição delicada, já que a qualquer momento alguém pode simplesmente não conseguir passar da porta da frente.
Transtornos acontecem, e a internet está logo ali. Como impedir que alguém reclame de você se o seu restaurante realmente não está adaptado? Se você está pensando que a única solução é investir na acessibilidade em restaurantes, acertou em cheio.
A acessibilidade em restaurantes é a soma de cidadania com valor agregado
Sobre a cidadania, nós já deixamos bem claro que a acessibilidade em restaurantes a estimula e faz bem para a comunidade, não é? Mas há uma outra questão aí: o valor agregado e o seu faturamento.
Imagine a quantidade de pessoas com mobilidade reduzida que não frequenta um restaurante específico porque não há acesso. Todas essas pessoas são seus clientes em potencial. Se você não dá a elas a acessibilidade em restaurantes, elas vão procurar quem dê.
Valor agregado também está relacionado com a necessidade de, quem sabe para uma expansão, passar o ponto. A fiscalização está sempre atenta, principalmente quando há mudanças de locatário ou proprietário. Por conta disso, pontos já totalmente adaptados são vendidos por valores mais altos.
O futuro pede a acessibilidade em restaurantes. Quanto mais você se aproximar do conceito, melhor posicionado você estará no mercado em geral. Mas o que é necessário fazer?
Como investir na acessibilidade em restaurantes?
Se você quer investir na acessibilidade em restaurantes, a NBR 9050 deve ser a sua cartilha. Tudo o que está lá deve ser seguido à risca, já que esse caderno de normatizações está diretamente atrelado ao Estatuto da Pessoa com Deficiência e com a Lei Nº 13.146, outorgada em 6 de julho de 2015.
Então não dá para deixar a NBR 9050 de lado e fazer do jeito que você acha mais interessante ou econômico. A acessibilidade em restaurantes deve seguir essas normas pois elas levam em consideração todos os cenários possíveis, e criam ambientes adaptados para qualquer necessidade.
As suas principais recomendações são:
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Mesas reservadas – Pelo menos 5% das mesas devem ser destinadas exclusivamente para pessoas com mobilidade reduzida. Elas também não podem estar isoladas do resto do restaurante, pois essa é uma forma de segregação e não deixa que quem se senta aproveite de tudo o que o local tem a oferecer.
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Toaletes adaptados – A regra segue o praxe da NBR 9050. Para aplicar a acessibilidade em restaurantes, os toaletes masculino e feminino devem possuir cabine própria adaptada. Também é possível criar um banheiro único, unissex, para pessoas com deficiência.
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Garçom em Libras, cardápio em Braile – Um dos pontos da acessibilidade em restaurantes que mais são ignorados são esses dois. Está garantido por lei que deve haver cardápio em Braile e garçom fluente em Libras, a Língua Brasileira dos Sinais.
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Vagas reservadas – no estacionamento, devem haver vagas reservadas para pessoas com mobilidade reduzida de acordo com o seu fluxo de clientes.
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Corredores entre as mesas – O espaço recomendado é de 1,50 m, espaço ideal para que uma cadeira de roda consiga girar em 360º.
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Altura do mobiliário – Para ter mais acessibilidade em restaurantes, a altura máxima permitida de balcões de autosserviço – como os Self Services – é de 85 cm, e deve haver uma área livre de aproximação de 90 cm. O caixa também não escapa: ele pode ter, no máximo, 105 cm de altura.
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Rampas de acessibilidade em restaurantes – Como você quer que as pessoas entrem no seu restaurante? Para qualquer desnível a ser vencido, é necessário instalar uma rampa de acessibilidade. Vai precisar quebrar demais ou a rampa simplesmente não cabe? Invista em um elevador de acessibilidade!
A acessibilidade em restaurantes é extremamente necessária, principalmente pela natureza do estabelecimento. É um local de lazer, e o seu contexto de uso não permite indelicadezas com os clientes. Sirva bem: seja acessível.
Quer saber mais sobre as rampas de acessibilidade em restaurantes e outros estabelecimentos comerciais? Então venha ver nosso artigo sobre o tema! Até a próxima!
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