A acessibilidade na construção civil é mais do que uma obrigação. E quem planeja e executa as obras são os responsáveis por essa condição, como, por exemplo, o engenheiro.
Diante desse contexto, iremos falar sobre esse tema fundamental para quem é investidor e visa agregar valor aos seus imóveis por meio do conforto e bem-estar de todos.
Então, continue a leitura para conferir!
Vamos lá?
A importância da acessibilidade na construção civil
A acessibilidade na construção civil é uma característica essencial dos ambientes.
Ela garante a segurança, autonomia e conforto para todas as pessoas, independentemente de suas limitações físicas, sensoriais, cognitivas ou de mobilidade.
Afinal, o Brasil possui 18,6 milhões de pessoas com deficiência (PCD), representando 8,9% da população com 2 anos ou mais, de acordo com o Governo Federal.
E isso sem contar as pessoas com mobilidade reduzida, um grupo ainda mais complexo de mensurar e contabilizar.
Por isso, a acessibilidade na construção civil não é apenas uma iniciativa social, mas uma exigência legal, regulamentada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
A norma NBR 9050 define o termo acessível como: “espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes, informação e comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias, ou qualquer elemento que possa ser alcançado, acionado, utilizado e vivenciado por qualquer pessoa”.
E a Lei Nº 10.098 estabelece normas gerais e critérios essenciais para promover a acessibilidade de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.
O objetivo é eliminar barreiras e obstáculos em vias e espaços públicos, no mobiliário urbano, na construção e reforma de edificações, e nos meios de transporte e comunicação.
Além dessas, há outros inúmeros decretos, convenções, portarias e até legislações internacionais que devem ser consultados e seguidos ao idealizar um novo projeto na construção civil.
Dessa forma, é possível assegurar que pessoas com deficiência e mobilidade reduzida tenham seus direitos de livre acesso garantidos.
Além disso, essa atenção à acessibilidade mantém o seu investimento em conformidade legal, evitando possíveis prejuízos no futuro.
Leia também: Mobilidade e acessibilidade urbana: principais desafios para deficientes físicos
Qual é a responsabilidade da engenharia civil?
No campo do design e da engenharia, a acessibilidade envolve planejar e adaptar elementos para atender às necessidades de um público amplo, incluindo pessoas com deficiência e mobilidade reduzida.
É um aspecto central do design universal, que busca desenvolver soluções úteis e funcionais para o maior número possível de pessoas.
De acordo com a NBR 9050, o conceito de “desenho universal” envolve a “concepção de produtos, ambientes, programas e serviços a serem utilizados por todas as pessoas, sem necessidade de adaptações ou projetos específicos, incorporando recursos de tecnologia assistiva sempre que necessário“.
A engenharia civil tem a responsabilidade de criar métodos de acessibilidade nas cidades, e fomentar o debate da importância dessa condição na construção civil dentro do âmbito acadêmico.
Não por acaso, a formação do engenheiro deve contemplar a acessibilidade na construção civil, incentivando a pesquisa para gerar mais embasamento teórico.
Os graduandos precisam entender os problemas que a falta de mobilidade gera nas pessoas, e como os ambientes acessíveis ampliam a noção de urbanidade.
Qual é o papel do engenheiro em relação à acessibilidade na construção civil?
Como deu para perceber, a acessibilidade na construção civil está ligada à atuação dos profissionais da área.
Quando chega a hora de construir ou reformar um imóvel, é essencial que o engenheiro tenha um bom entendimento das normas técnicas em vigor, para que os projetos atendam aos requisitos legais e promovam a inclusão de todas as pessoas.
Assim, o papel do engenheiro inclui:
- Planejar: incorporar soluções de acessibilidade desde o início, garantindo espaços que permitam a circulação segura, confortável e autônoma;
- Adaptar ambientes existentes: diagnosticar barreiras físicas e propor soluções viáveis que melhorem a funcionalidade do espaço;
- Escolher materiais e tecnologias: optar por itens que facilitem o uso por todos, como pisos táteis, sinalização acessível, rampas, elevadores e portas automáticas;
- Supervisionar a execução das obras: se certificar de que as soluções de acessibilidade previstas sejam corretamente implementadas;
- Ser um agente de mudança: promover a conscientização sobre a importância da acessibilidade para todos os envolvidos e na comunidade.
É fundamental que engenheiros e arquitetos trabalhem em conjunto para criar espaços acessíveis e funcionais. Eles precisam avaliar, com cuidado, as soluções contempladas no projeto, considerando a realidade de pessoas com mobilidade reduzida.
Além disso, o engenheiro deve estar sempre atualizado sobre inovações em tecnologia assistiva e desenho universal, aplicando essas ideias em seus projetos.
Portanto, podemos afirmar que o engenheiro civil é o responsável por implementar ações de acessibilidade na construção, e cabe a ele conhecer bem toda a legislação e aplicá-la adequadamente.
O futuro da acessibilidade na construção civil
Hoje, a acessibilidade e a engenharia civil caminham lado a lado, ajudando a criar ambientes urbanos inclusivos e acessíveis para todos.
O nível de atuação que observamos, atualmente, em acessibilidade na construção civil é resultado dos esforços de debate e conscientização de engenheiros civis e arquitetos.
O futuro promete um entendimento ainda mais profundo e avanços significativos na acessibilidade. Os projetos desenvolvidos hoje serão referências em um curto espaço de tempo.
Quanto mais a acessibilidade for considerada um ponto central na elaboração de projetos, mais essa preocupação se tornará um padrão para a construção de estruturas no futuro.
Além disso, haverá uma maior conscientização na área da engenharia civil. Existe uma pressão crescente para incluir disciplinas sobre acessibilidade na formação dos futuros engenheiros civis.
Isso está gerando um grupo de profissionais engajado que produz conteúdo para apoiar suas ideias sobre mobilidade urbana. Portanto, essa conscientização é fundamental para sensibilizar toda a população.
Com isso, novas técnicas, normas e leis surgirão, com rigor ainda maior e abordagens mais eficazes. Podemos esperar o aparecimento de tecnologias assistivas e produtos inovadores que promovam ainda mais a inclusão.
Estabelecimentos comerciais, condomínios residenciais, academias, praças e parques públicos projetados com foco em mobilidade e acessibilidade inspiram a criação de novos espaços.
Assim, alimentamos um ciclo benéfico que, em um cenário otimista, poderá resultar na padronização da acessibilidade. Esse é o futuro que podemos vislumbrar, e essa é a responsabilidade dos engenheiros civis.
Leia também: Elevador de acessibilidade pode valorizar o seu imóvel?
Se aprofunde no assunto!
A verdade é que a acessibilidade na construção civil depende das ações inclusivas, coerentes e responsáveis do engenheiro. Ele é o agente por trás dessa condição.
Por isso, na hora de investir em um empreendimento, contrate um engenheiro que respeite as normas técnicas e a legislação, e que acima de tudo, ainda esteja atualizado com as tecnologias do mercado.
Somente assim você será capaz de assegurar um investimento de valor agregado, justo e legal.
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