A busca por soluções que promovem a autonomia de pessoas com deficiência é uma jornada constante e desafiadora. As tecnologias assistivas são ferramentas que funcionam como uma resposta aos desafios enfrentados.
Elas estão intimamente associadas à acessibilidade, especialmente por contribuírem com independência e qualidade de vida dosPCD ou pessoas commobilidade reduzida.
Quando adaptadas às necessidades individuais, auxiliam o indivíduo na realização de atividades cotidianas e profissionais, quebrando barreiras e promovendo a inclusão social.
Quer conhecer as principais tecnologias assistivas e a função delas? Então, continue lendo esse artigo!
O que são tecnologias assistivas?
As tecnologias assistivas representam um conjunto de recursos e ferramentas projetados para facilitar o cotidiano das pessoas com deficiência, visando maior qualidade de vida.
Em uma visão mais técnica, aLei nº 13.146/2015, também conhecida como Estatuto da Pessoa com Deficiência, traz, no artigo 3º, o conceito:
“As tecnologias assistivas são produtos, equipamentos, dispositivos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivem promover a funcionalidade, relacionada à atividade e à participação da pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida, visando à sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social”.
Assim, tais ferramentas:
Ampliam a mobilidade;
Melhoram a comunicação;
Permitem o desenvolvimento das habilidades.
Ou seja, com as tecnologias assistivas, as pessoas fazem tudo o que desejam. Desde o simples fato de se locomover, atéestudar e trabalhar, estimulando um senso de pertencimento a todos.
Por que as tecnologias assistivas são relevantes?
De acordo com estimativas do Pnad Contínua 2022, elaboradas peloIBGE, o Brasil tem 18,6 milhões de pessoas com deficiência, sendo que 5,1 milhões compõem o mercadode trabalho.
O mesmo documento identificou as principais dificuldades relatadas por estes indivíduos. E os resultados incluem:
Andar ou subir degraus: 3,4%;
Enxergar, mesmo usando óculos ou lentes de contato: 3,1%;
Aprender, lembrar-se das coisas ou se concentrar: 2,6%;
Levantar uma garrafa com dois litros de água da cintura até a altura dos olhos: 2,3%;
Pegar objetos pequenos ou abrir e fechar recipientes: 1,4%;
Ouvir, mesmo usando aparelhos auditivos: 1,2%;
Realizar cuidados pessoais: 1,2%;
Se comunicar, para compreender e ser compreendido: 1,1%.
Diante destes resultados, fica perceptível o entendimento de que as tecnologias assistivas são essenciais para que os indivíduos superem suas dores diárias.
Por exemplo: para superar a dificuldade de subir degraus, os elevadores de acessibilidade são ideais; para enxergar com mais clareza, há os ampliadores de tela; para se locomover, usam-se bengalas e por aí vai…
Onde as tecnologias assistivas são utilizadas?
As tecnologias assistivas possuem um amplo leque de aplicações, abrangendo diversas áreas da vida das PCD e dos idosos.
Suas soluções podem variar de baixa e nenhuma tecnologia a altamente avançadas.
Produtos para pessoas cegas ou com deficiência visual, englobando atividades da vida diária, acesso a computadores, orientação e outras necessidades.
Audição
Destinado às pessoas surdas ou com deficiência auditiva. São usadas em atividades da vida diária, comunicação e outras necessidades.
Comunicação oral
Soluções para pessoas com dificuldade de expressão verbal, caso da comunicação face a face.
Aprendizagem, cognição e desenvolvimento
Ideais para o aprendizado, atenção, memória e organização.
Mobilidade, assento e posicionamento
Voltados às pessoas que precisam de assistência de mobilidade.
Vida diária
Destinado às pessoas com deficiência e idosos com limitações funcionais, devido ao envelhecimento.
Esses produtos aumentam a independência ao realizar atividades diárias, como:
Tomar banho;
Vestir-se;
Higiene pessoal;
Comer;
Demais atividades básicas do dia a dia, incluindo compras e gerenciamento de dinheiro.
Adaptações ambientais
Soluções projetadas para aumentar o acesso aos ambientes.
Incluem abrir e trancar portas, controlar iluminação e temperatura, elevadores de acessibilidade e outras necessidades ambientais.
Modificação e transporte de veículos
Caracterizado pelo uso de soluções adaptadas aos veículos que promovem acesso seguro ao transporte e aumentam a independência.
Computadores e periféricos relacionados
Produtos que ajudam pessoas com deficiência a acessar e usar computadores, promovendo ainclusão digital.
Recreação, esportes e lazer
Ajudam pessoas com deficiência a participar de esportes, recreação e atividades de lazer, permitindo o exercício adaptado.
Exemplos de tecnologias assistivas
Agora que você conhece as categorias das tecnologias assistivas, chegou o momento de conhecer as ferramentas, metodologias e recursos.
Eles auxiliam as pessoas a se comunicarem e exercerem suas atividades com autonomia.
Ergonomia na mobília
Adaptar mobílias para a necessidade física das pessoas, como altura da mesa e cadeira, armário de arquivos, entre outros.
Tais tecnologias são importantes para que todos exerçam suas atividades sem a necessidade de auxílio contínuo.
Sinalização por luzes
Mesmo simples, este recurso desinalização possibilita a comunicação indivíduos com deficiência auditiva, como atender a chamadas.
É ideal para o ambiente de trabalho e também para idosos que moram sozinhos.
Piso tátil
O piso tátil auxilia pessoas com deficiência visual a se locomover pelos espaços. Também facilita o deslocamento de clientes que buscam atendimento em lojas, hospitais ou órgãos públicos.
Leitores de tela
Esses recursos ajudam pessoas com deficiência visual a acessar informações em telas de computador e celular.
Para isso, há um software que converte textos e outros recursos em informação auditiva (com sintetizador de voz) ou tátil (pelo Display Braille).
Telefones adaptados
Telefones com dígitos maiores, sinalização por luz nas chamadas, dígitos em braile ajudam a pessoa com deficiência visual a utilizar esse recurso, fazer ligações e interagir com o mundo virtual.
Espaços adaptados
O espaço deve ser pensado para garantir a livre circulação e autonomia das pessoas com deficiência.
Para tornar os espaços físicos mais inclusivos, há várias soluções, como:
Corrimão de sustentação em corredores, banheiros e escadas;
Portas maiores;
Elevadores adaptados.
Neste contexto, o elevador proporciona acesso fácil e seguro aos diferentes andares de uma casa,condomínio ouempresa, sem depender de escadas ou rampas.
Acessibilidade é liberdade: as tecnologias assistivas são o caminho!
Para uma sociedade igualitária, é essencial promover a inclusão. Todos nós queremos ter liberdade para estudar, trabalhar e ir aos lugares!
As tecnologias assistivas são grandes aliadas nessa missão! Dia após dia, novas ferramentas são desenvolvidas para focar nas dores e necessidades das pessoas.
E é para ajudar nessa missão que a JE fabrica elevadores e plataformas de acessibilidade de excelente qualidade.
Essas soluções são desenvolvidas com os melhores materiais para oferecer conforto, segurança e qualidade aos clientes, tornando cada projeto único.
Queremos que quaisquer pessoas exerçam o direito de ir e vir em suas casas, no escritório, escola ou ambiente público! É acessibilidade com liberdade!
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Você sabe o que é PCD? Ou, tudo que envolve essa sigla e tema? Apesar de complexo, o debate sobre o assunto é extremamente necessário para garantir uma sociedade cada vez mais justa.
Então, continue a leitura e confira as principais informações e detalhes sobre os PCDs. Vamos lá?
O que é PCD? E o que significa a sigla?
Saber o que é PCD é essencial para promover uma sociedade mais igualitária. Por isso, já começamos esse conteúdo explicando o que significa a sigla. Ela refere-se às pessoas com deficiência (PCD).
Ou seja, é a forma correta de denominar essa parcela da população. Qualquer outro termo ou nomenclatura é errôneo e pode, inclusive, ser interpretado como capacitismo.
Aqui, vale destacar que capacitismo é a nomeação para o preconceito contra a pessoa com deficiência.
O termo diz respeito à descriminação à essas pessoas, seja em formas de tratamento, comunicação, práticas e barreiras físicas. A expressão simboliza a ideia equivocada de que a pessoa com deficiência não é capaz.
Segundo a cartilha da Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz (ENSP/Fiocruz), o capacitismo é:
“Toda forma de distinção, restrição ou exclusão, por ação ou omissão, que tenha o propósito ou o efeito de prejudicar, impedir ou anular o reconhecimento ou o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais de pessoa com deficiência, incluindo a recusa de adaptações razoáveis e de fornecimento de tecnologias assistivas”.
E essa é uma prática criminosa que pode gerar uma pena com reclusão de 1 a 3 anos, e multa, conforme a Lei Brasileira de Inclusão (LBI).
De todo modo, há diferentes tipos de deficiência e, cada uma delas, possui uma terminologia adequada para retratar o grupo. Por exemplo, o termo correto para chamar a pessoa com perda de audição é “surdo” ou “pessoa surda”.
Isto é, para as pessoas presentes nessa comunidade, e com LIBRAS como sua primeira língua, “surdo” retrata características sociais e culturais. Logo, a nomenclatura diz respeito à identidade, para além do ponto de vista clínico e científico.
Portanto, o ideal é sempre questionar a pessoa com deficiência como gostaria de ser denominada e referenciada.
Quais são as deficiências que se encaixam na sigla?
De acordo com a Lei Brasileira de Inclusão (LEI Nº 13.146), também conhecida como Estatuto da Pessoa com Deficiência, citado acima:
“Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas”.
Para isso, é preciso realizar uma avaliação, se necessário, biopsicossocial, por equipes multidisciplinares, capazes de considerar aspectos como:
Impedimentos nas funções e nas estruturas do corpo;
Fatores socioambientais, psicológicos e pessoais;
Limitação no desempenho de atividades; e
Restrição de participação.
Conforme o DECRETO Nº 3.298, é considerada pessoa portadora de deficiência a que se enquadra nas seguintes categorias:
Deficiência física: alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física;
Deficiência auditiva: perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis (dB) ou mais;
Deficiência visual: cegueira, baixa visão, e os casos em que a somatória da medida do campo visual em ambos os olhos for igual ou menor que 60o;
Deficiência mental: funcionamento intelectual significativamente inferior à média, com manifestação antes dos 18 anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas, desde comunicação à habilidades sociais, acadêmicas, de lazer e trabalho;
Deficiência múltipla: associação de duas ou mais deficiências.
Segundo o Estatuto da Pessoa com Deficiência, a pessoa com mobilidade reduzida é aquela que tem “por qualquer motivo, dificuldade de movimentação, permanente ou temporária, gerando redução efetiva da mobilidade, da flexibilidade, da coordenação motora ou da percepção, incluindo idoso, gestante, lactante, pessoa com criança de colo e obeso”.
Ainda conforme a LBI, toda pessoa com deficiência tem direito “à igualdade de oportunidades com as demais pessoas e não sofrerá nenhuma espécie de discriminação”.
O PCD será protegido de toda e qualquer forma de negligência, discriminação, crueldade, opressão, exploração, tortura, violência e qualquer tratamento desumano ou degradante.
A LBI reforça que a deficiência não afeta a capacidade civil da pessoa. Por isso, tem os benefícios e direitos:
Por isso, é dever do Estado, da sociedade e da família, assegurar à pessoa com deficiência o alcance desses direitos. Incluindo, ainda segundo a LBI, aqueles referentes:
À sexualidade;
À paternidade;
À maternidade;
À alimentação;
Aos avanços científicos e tecnológicos;
À dignidade;
Ao respeito;
À liberdade;
À convivência familiar e comunitária e outros.
Além disso, a pessoa com deficiência tem assegurado o direito ao exercício de sua capacidade legal. Tudo, é claro, em igualdade de condições com as demais pessoas.
O principal objetivo desses direitos é garantir o bem-estar pessoal, social e econômico do PCD.
Panorama da população brasileira PCD
Mas, saber o que é PCD não basta! É preciso entender mais sobre suas características como população brasileira.
Você sabia que, no Brasil, existem mais de 18,6 milhões de pessoas com deficiência?
Desse montante, mais da metade são mulheres, isto é, 10,7 milhões. Logo, a população feminina com deficiência no país simboliza 10% da quantidade total.
Quanto às regiões, o Nordeste é o que representa o maior percentual da população com deficiência registrada, chegando a 5,8 milhões ou 10,3% do total. Já nas demais, o percentual de PCD é:
Sul: 8,8%
Centro-Oeste: 8,6%;
Norte: 8,4%;
Sudeste: 8,2%.
Do volume total, o percentual de pessoas pretas com deficiência é de 9,5%, os pardos representam 8,9% e os brancos 8,7%. Esses números servem para destacar e ressaltar quem, dessa parcela da população, continua sendo discriminada.
Principais desafios enfrentados pelo PCD
É preciso entender os principais desafios enfrentados por essa parcela da população, no dia a dia. Até porque, mesmo com seus direitos descritos por Lei, a pessoa com deficiência ainda sofre com a efetivação dos mesmos.
Ainda conforme os dados apresentados pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, o analfabetismo entre as pessoas com deficiência, em 2022, foi de 19,5% e das pessoas sem deficiência foi de 4,1%.
Além disso, das pessoas com 25 anos ou mais, as com deficiência não possuem instrução ou fundamental incompleto, chegando a 63,3% e 11,1% tinham o ensino fundamental completo ou médio incompleto.
Já, quanto ao nível superior, o PCD representa apenas 7,0%! Logo, somente 26,6% das pessoas com deficiência encontram espaço no mercado de trabalho. Em contrapartida, o nível de ocupação do resto da população representa 60,7%.
Isso gera, consequentemente, um aumento da informalidade. As pessoas com deficiência representam 55% dessa situação. E para acrescentar, a renda média do PCD é de R$1.860, enquanto para o restante da população chegou a R$2.690, uma diferença de 30%.
Vale destacar que o valor do salário mínimo, em 2024, é de R$1.412. Logo, a renda do PCD é um pouco acima do mínimo para sobreviver.
Apesar dessa quantidade de informações, segundo a Secretária Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Anna Paula Feminella, citado pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, ainda faltam dados e pesquisas!
“Precisamos aprender mais sobre grupos específicos, como as pessoas com deficiência que vivem em situação de rua ou estão institucionalizadas. É nossa responsabilidade continuar a busca por essas informações, fomentando e fortalecendo parcerias como esta, para que possamos fazer mais para promover a garantia dos direitos de todas as pessoas”, complementa a Secretária.
Como vimos, saber o que é PCD não é o suficiente! É fundamental o aprofundamento e atualização contínua sobre o assunto e tudo que envolve o tema.
Somente assim será possível entender a real necessidade da população e, assim, promover a diferença na sociedade.
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Os direitos para portadores de necessidades especiais são garantidos pela Constituição Federal e por várias leis brasileiras. Entre elas, a lei nº 13.146 (Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência).
No entanto, nem todos os condomínios, estabelecimentos comerciais ou instituições respeitam os direitos das pessoas com necessidades especiais. Neste caso, você sabe como fazer uma denúncia, principalmente quando não há acessibilidade nos determinados espaços?
Neste post, falaremos sobre o assunto. Ficou interessado no tema do nosso artigo? Siga com a leitura e fique bem informado com a JE Elevadores!
Por que respeitar os direitos dos portadores de necessidades especiais?
Em primeiro lugar, porque os direitos dos portadores de necessidades especiais são garantidos por lei. Em segundo, porque promover a acessibilidade é uma questão de responsabilidade social e a empresa não pode deixar de pensar no assunto.
Mas o mais importante de tudo isso é que fará a diferença na sociedade. E é por esse motivo que devemos pensar nos direitos para portadores de necessidades especiais e na acessibilidade.
Eles não podem ser vistos como uma obrigação, mas como uma maneira de garantir o respeito às pessoas com deficiência e mobilidade reduzida. Além disso, você e todos à volta terão a oportunidade de aprender a lidar com as diferenças e, assim, ajudar a combater os preconceitos.
Por que denunciar a falta de acessibilidade?
Formalizar uma denúncia não é uma tarefa fácil. No entanto, entenda que esse é um direito da pessoa com deficiência, portanto, ela merece ter a cidadania defendida.
E só com a garantia de direitos que as pessoas deficientes e com mobilidade reduzida terão a tranquilidade para aproveitar os espaços da mesma forma que as outras pessoas.
Outra razão para fazer uma denúncia é que basta tomar uma atitude simples para que as pessoas se mobilizem e resolvam os problemas relacionados com a falta de acessibilidade. Por muitas vezes, é preciso alguém tomar uma iniciativa para que os outros pensem mais nos portadores de necessidades especiais.
Desta forma, será possível providenciar os ajustes necessários para garantir a acessibilidade.
Como denunciar a falta de acessibilidade?
Veja como denunciar a falta de acessibilidade nos espaços públicos e privados.
Ligue para a Assistência Social do seu município
Você pode ver se na Secretaria de Assistência Social da cidade há uma espécie de Disk-Denúncia. Saiba que a Prefeitura é quem fiscaliza a acessibilidade de prédios públicos e privados.
Também pode formalizar uma reclamação no setor de fiscalização e licenciamento urbanístico ou protocolar uma denúncia na própria Secretaria de Assistência Social.
Procure o Ministério Público Estadual
Outra opção para fazer uma denúncia é no Ministério Público da cidade. O órgão recebe reclamações sobre a falta de acessibilidade em locais públicos e privados. Assim, a Justiça garantirá os direitos da pessoa com deficiência.
Informe ao Conselho de Engenharia e Arquitetura
Caso se sinta prejudicado com a obra do empreendimento, é necessário que seja solicitado a abertura de procedimento administrativo. Assim, é possível fiscalizar as normas de acessibilidade no condomínio ou clube.
Fique de olho na acessibilidade dos espaços públicos
O que diz a lei sobre a acessibilidade nos espaços públicos? Cada cidade deve ter um Plano Diretor Urbano e Código de Posturas. Essas leis orientam o desenvolvimento do município e promovem o equilíbrio social, ambiental, econômico e a qualidade de vida.
O documento é elaborado pelo Executivo e aprovado nas Câmaras Municipais.
Além disso, de acordo com o Estatuto de cada cidade, o Plano Diretor deverá ter vias acessíveis com os passeios públicos implantados ou reformados pelo poder público.
Denuncie a falta de acessibilidade em bares ou restaurantes
Bares ou restaurantes não podem impedir pessoas com algum tipo de deficiência de frequentarem os locais por falta de acessibilidade. Se isso acontecer, os estabelecimentos serão punidos com o rigor da lei.
Caso você veja algo parecido, denuncie à Prefeitura e ao Ministério Público. Assim, eles deverão cobrar a adequação da estrutura.
Busque orientação sobre a falta de acessibilidade nas instituições de ensino
As escolas também devem oferecer acessibilidade às pessoas portadoras de deficiência física. Caso a instituição não ofereça, busque orientação na Secretaria Municipal de Educação ou no Conselho Escolar.
Preste atenção se há discriminação no espaço público
Ainda nos espaços públicos é importante saber que a pessoa portadora de necessidades têm direito ao transporte público de qualidade. E aqui não importa se a deficiência é física ou mental. Toda e qualquer tipo de discriminação deve ser combatida.
Portanto, fique atento ao que diz a Constituição Federal e a Lei Brasileira de Inclusão, pois todas as pessoas são iguais perante a lei, e não respeitar os direitos do portador de deficiência é crime previsto no artigo 88 da Lei 13.146/15.
O que informar na denúncia?
Para fazer a denúncia é fácil. Você deverá:
comunicar por escrito;
apresentar fotos que indicam o local da irregularidade;
informar o endereço do prédio ou instituição que não tem acessibilidade;
definir a instituição como pública ou privada;
mostrar o problema;
informar quem você já procurou para resolver o problema;
anotar o número do protocolo para acompanhar a denúncia.
Agora que você aprendeu como fazer valer os direitos para portadores de necessidades especiais, poderá exigir que os mesmos sejam respeitados.
A princípio, fazer um processo seletivo PCD pode ser um grande desafio. Afinal, é necessário saber o que a lei diz sobre a realização deste processo e entender como funciona todo o recrutamento para profissionais com deficiência.
O que diz a lei sobre o processo seletivo PCD
Segundo a Lei de Cotas , toda empresa com mais de 100 colaboradores precisa contratar pessoas com deficiência. Portanto, a lei determina que:
organizações entre 100 e 200 colaboradores devem ter 2% de pessoas com deficiência;
empresas com 201 a 500 funcionários, 3% de PCD’s;
organizações com 501 a 1000, total de 4% de pessoas com deficiência;
empresas com mais de 1000 colaboradores, 5% deles serão PCDs.
Em relação à demissão de pessoas com deficiência, o empreendedor poderá dispensá-las desde que contrate outra PCD.
Entenda o que é deficiência
Segundo o decreto nº 3.298, de 1999, deficiência é toda perda ou anormalidade de uma estrutura, ou função psicológica, anatômica ou fisiológica. Portanto, sempre que for realizar um processo seletivo PCD dê uma lida neste decreto. Nele, terá outras informações importantes sobre o assunto.
Planeje o processo seletivo PCD
Neste momento, deverá considerar as características de cada pessoa para a vaga. Para isso, conte com o apoio do departamento de recursos humanos e faça um bom planejamento.
Um exemplo: se você procura por pessoas com deficiência auditiva, chame um especialista em linguagem de sinais para ajudar a recrutar os melhores profissionais.
Veja tudo que precisa
É importante ver com antecedência tudo que é necessário para garantir um processo seletivo PCD justo. Portanto, fique atento ao espaço físico, aos equipamentos de escolha de candidatos e aos materiais. No caso de pessoas com deficiência física, faça o processo seletivo em uma área acessível, de preferência que não tenha nenhum obstáculo como escadas ou que tenha um elevador de acessibilidade.
Divulgue vagas que sejam coerentes com a situação da empresa e do futuro profissional
Foque em pessoas que sejam qualificadas para cada vaga. Por isso, divulgue vagas adequadas, ou seja, de cargos que encontrarão candidatos capacitados. Para isso, estude as necessidades da organização dentro do que pode ser oferecido e veja com o RH sobre a adequação de cada cargo.
Como usar os canais digitais para divulgar o processo seletivo PCD
Se o cargo é para quem possui deficiência auditiva, será necessário um intérprete de libras no anúncio. Por exemplo, o meio de divulgação é o Instagram. Uma dica é colocar a janela de Libras no vídeo. Assim, o candidato terá a acessibilidade necessária para entender sobre o que está sendo divulgado.
Na entrevista, é necessário saber sobre a deficiência do profissional, para assim, ter noção se o ambiente precisará de adaptações na questão de acessibilidade caso a pessoa seja selecionada.
Ainda sobre essa etapa, deixe claro o que a empresa espera do (a) profissional. E por último, saiba quais as experiências o (a) profissional já teve e como foi para ele (a), trabalhar em outras organizações.
A contratação de PCD pode exigir testes de aptidão que verifiquem os conhecimentos dos candidatos. Embora muitas pessoas sejam autodidatas, é importante verificar o conhecimento. Analise as experiências, veja quais cursos o candidato tem e fique atento às suas habilidades.
Explique a jornada de trabalho
Uma pessoa com deficiência pode trabalhar até 8 horas diárias ou 44 semanais. No entanto, caso tenha necessidade de flexibilizar o horário, será possível. Segundo a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, isso só dependerá do grau de deficiência do selecionado à vaga.
Algumas pessoas poderão exigir condições especiais de trabalho, jornada variável e horário flexível. Desta forma, a empresa terá que optar por um contrato específico dentro da legislação trabalhista.
Com essas dicas de como fazer um processo seletivo PCD, não haverá dificuldades na hora de fazê-lo, não é mesmo? E caso precise de um equipamento que promova a acessibilidade dos candidatos, pense em ter no local um elevador de acessibilidade. Ele garantirá a segurança e o deslocamento dos candidatos.
O processo seletivo para PCD é um grande desafio para quem contrata e também para pessoas com deficiência. A lei nº 8.213, de 1991, também conhecida como Lei de Cotas estabelece que as empresas com 100 ou mais funcionários devem contratar pessoas com deficiência ou beneficiários da Previdência Social. O percentual de contratação pode variar de 2% a 5% de acordo com o número de funcionários da empresa.
Mas como funciona o processo seletivo para PCD e qual é a sua importância? Essas são algumas perguntas que vamos responder neste artigo. Acompanhe a leitura e fique bem informado sobre seus deveres como investidor e quais os direitos da pessoa com mobilidade reduzida ou qualquer outro tipo de deficiência.
O que a legislação diz sobre o processo seletivo para PCD?
É importante enfatizar que o recrutamento e a seleção de pessoas com deficiência não se resume às obrigações legais. Ainda assim, é importante saber o que diz a legislação sobre esse tipo de contratação. Embora exista a lei há mais de 20 anos, muitos empresários e recrutados ainda a desconhecem.
No entanto, a principal obrigação estabelecida foi a que nós mencionamos no início deste artigo. Entretanto, há outra regra importante a respeito da demissão de pessoas com deficiência e que foram contratadas pelo Sistema de Cotas. A dispensa só pode acontecer se houver a contratação de outra PCD para o mesmo cargo. Se a empresa não respeitar a lei, poderão ocorrer multas.
Além disso, se você respeitar a lei e as razões éticas, a melhoria dos resultados da sua empresa também pode ser um bom motivo para você contratar pessoas com PCD. Promover a acessibilidade será um grande salto para a sua empresa.
A pessoa com deficiência é dotada de diversas habilidades como qualquer outro profissional. Sem falar que já são comprovados efeitos positivos da diversidade para a produtividade em equipe.
Por que é difícil contratar pessoas com deficiência?
De acordo com uma pesquisa realizada na ABRH Nacional em parceria com a Catho, 86% dos entrevistados disseram que é difícil conseguir contratar pessoas com deficiência. Segundo a pesquisa, além da necessidade de adaptações para o processo seletivo, é necessário uma mudança de mentalidade e de atitudes para reverter esse quadro. Também foram apontadas as seguintes dificuldades:
Falta de acessibilidade, bancos de currículos confiáveis e verba para contratar uma consultoria;
Dificuldades em estabelecer vagas exclusivas para portadores de necessidades especiais;
Baixa atratividade em função da qualidade ruim das vagas de PCDS;
Resistência dos gestores;
Pouco apoio da liderança para a contratação.
Como realizar um processo seletivo inclusivo?
Planeje o processo seletivo
Não generalize os candidatos. Isso é um erro! Há vários tipos de deficiência e quando falamos em processo seletivo para PCD é importante considerar que ele engloba as características e as necessidades das pessoas, que são diferentes entre si.
Para você planejar o processo seletivo inclusivo, busque informações concretas sobre as adaptações necessárias para cada candidato. Converse com pessoas com deficiência e outras empresas que já realizaram o mesmo processo.
Converse com o candidato
Converse abertamente com seu candidato durante o processo seletivo para PCD. Veja quais são as adaptações para a realização do processo. Pergunte sobre as necessidades em relação à sala, se será preciso um tradutor de libras ou um acompanhante. A partir deste ponto, adeque e transforme a sala ou o ambiente que você receberá os candidatos.
Trate a deficiência com naturalidade
Durante a entrevista do processo seletivo para PCD, você terá que fazer algumas perguntas em relação à deficiência do candidato. É permitido questionar a sua origem — se é congênita ou causada por algum evento ao longo da vida —, e necessidades de adaptações para que a pessoa realize suas atividades.
Deixe claro que a empresa espera dele as atividades atribuídas ao seu cargo. Aborde questões sobre experiências profissionais passadas e trate tudo com naturalidade. Não tenha medo de perguntar. Também pode ser questionada a forma com que o candidato lida com a deficiência no dia a dia e como é a sua autonomia. Porém, foque sempre em perguntas relevantes para a rotina da empresa.
Converse com outros profissionais da área
Nunca deixe de buscar informações com profissionais que já lidam com PCD no seu dia a dia. Portanto, procure médicos e técnicos da área. Peça dicas sobre possíveis adaptações e ajustes no seu processo seletivo para PCD. Esses profissionais podem te ajudar sobre como deve organizar e planejar as etapas valorizando sempre a acessibilidade.
Seja um candidato sincero
Em relação aos candidatos, eles deverão ser sinceros durante a entrevista. Não se esconda e lembre-se que você é capaz de exercer o cargo como qualquer outra pessoa capacitada. A deficiência não interfere na sua capacidade intelectual.
Agora que você já sabe como funciona o processo seletivo para PCD, poderá preparar a próxima seleção para sua empresa, não é verdade? E você profissional, também se sentirá acolhido pela empresa!