A norma de acessibilidade é um conjunto de diretrizes e recomendações técnicas que visam garantir que pessoas com deficiência possam acessar e utilizar espaços, produtos, serviços e informações de forma autônoma e segura.
Dessa maneira, ela visa promover a inclusão e a igualdade de oportunidades para pessoas com deficiência. Assim, garante que todos participem plenamente da vida em sociedade.
No Brasil, a principal norma de acessibilidade é a NBR 9050. Portanto, ela estabelece critérios e parâmetros técnicos para a acessibilidade em edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos, transporte e comunicação.
Por exemplo, a norma prevê a instalação de rampas de acesso, corrimãos, piso tátil, sinalização visual e sonora, elevadores, entre outros recursos que facilitem a circulação e a comunicação de pessoas com deficiência.
Mas você sabe quais são os 3 pilares da norma de acessibilidade?
Continue conosco e aprenda mais sobre o assunto.
Quais são os 3 pilares sobre a norma de acessibilidade?
A acessibilidade é um conceito fundamental na garantia da inclusão e igualdade de oportunidades para pessoas com deficiência.
Conheça agora quais são os 3 pilares da norma de acessibilidade.
1. Conforto
O conforto se refere à garantia de que as pessoas possam utilizar um espaço (ou produto) de forma agradável e facilitada.
Isso pode incluir diversos aspectos, como:
temperatura;
iluminação adequada;
mobiliário confortável;
facilidade de logística;
entre outros fatores.
2. Autonomia
A autonomia é um dos principais pilares da acessibilidade e se refere à garantia de que as pessoas possam realizar atividades e tarefas de forma independente e sem a ajuda de terceiros.
Isso inclui aspectos como:
utilização de dispositivos assistivos;
instalação de rampas, corrimãos e outros recursos que possibilitem a circulação;
utilização de espaços e equipamentos específicos.
3. Segurança
A segurança é outro fator importante na acessibilidade e se refere à garantia de que as pessoas possam utilizar um espaço ou produto de forma segura e sem riscos de acidentes ou lesões.
entre outros recursos que possam prevenir quedas, colisões e outros tipos de acidentes.
Como promover os 3 pilares da norma de acessibilidade em uma empresa ou residência?
Promover os três pilares da acessibilidade em uma empresa ou residência é fundamental para garantir a inclusão e a igualdade de oportunidades para todos.
Veja algumas sugestões de como promover cada um desses pilares:
Colocar piso tátil para pessoas com deficiência visual;
Sinalizar com cores diferentes as áreas de risco, como degraus e obstáculos;
Disponibilizar extintores de incêndio e treinamento de evacuação para emergências.
Conforto
Garantir que a temperatura e a iluminação sejam adequadas;
Utilizar mobiliário ergonômico e confortável;
Proporcionar espaço suficiente para a circulação de cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida;
Treinar os colaboradores da empresa para proporcionar um ambiente inclusivo para todos;
Disponibilizar banheiros adaptados com barras de apoio e espaço adequado para cadeirantes.
Qual é a importância desses pilares para a sociedade?
Os três pilares da acessibilidade são de extrema importância para a sociedade, pois garantem a inclusão e a igualdade de oportunidades para pessoas com deficiência.
Quando esses pilares são promovidos em espaços públicos, privados e residenciais, tornam-se acessíveis para todas as pessoas, independentemente de suas limitações.
Vale lembrar que a acessibilidade é um direito humano fundamental e a sua promoção tem um impacto positivo na qualidade de vida de todas as pessoas.
Então, quando conseguimos garantir a acessibilidade, as pessoas com deficiência podem:
Além disso, a acessibilidade não beneficia apenas as pessoas com deficiência. Por exemplo, uma rampa de acesso também ajuda uma pessoa idosa ou que esteja temporariamente com mobilidade reduzida devido a uma lesão.
Assim, a promoção da acessibilidade é uma questão de cidadania e de garantia da dignidade humana.
Por fim, é importante destacar que a acessibilidade é uma responsabilidade de toda a sociedade — e não apenas de pessoas com deficiência ou de instituições especializadas.
Afinal, cada indivíduo pode contribuir para a promoção da acessibilidade em seu próprio ambiente, seja em casa, no trabalho ou em espaços públicos, para garantir que todos tenham acesso a uma vida plena e digna.
Você gostou de aprender mais sobre os 3 pilares sobre a norma de acessibilidade?
Criada em 1988, a Constituição Brasileira serviu para garantir os direitos sociais e individuais dos cidadãos, inclusive das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. E foi a partir da Constituição que surgiram as leis de acessibilidade no Brasil, como a Lei 10.098, a primeira lei que garante a autonomia e a oportunidade para todos.
No entanto, mais tarde, em 2004, o decreto Nº 5296 foi criado com o objetivo de reforçar a Lei 10.098. Assim, as pessoas com algum tipo de deficiência passaram a ter direito ao atendimento prioritário e promover ambientes acessíveis tornou-se um assunto importante nos projetos arquitetônicos e urbanísticos.
Por fim, também se fortaleceu a importância das normas técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). No entanto, ainda hoje, muitas pessoas têm dúvidas sobre as leis de acessibilidade no Brasil.Neste artigo, vamos falar tudo sobre o assunto. Ficou interessado? Acompanhe a leitura!
Como eram as leis antes de 2000?
Antes de 88, a acessibilidade não era vista com grande importância e vale ressaltar que o desenho universal não estava presente no design urbano.
Assim, durante os anos da pré-ditadura, não havia muito conhecimento para que se pudessem adaptar os espaços e torná-los acessíveis. Já em 1961, a educação dava os primeiros sinais de inclusão.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação trazia nos artigos o termo “alunos excepcionais”. Segundo a norma, esses alunos deveriam ser integrados em sala para promover a inclusão.
No entanto, durante a ditadura militar, a lei foi alterada e os estudantes com deficiência visual, mental, física ou auditiva foram chamados de “alunos com deficiências físicas ou mentais”.
Nessa época, as escolas com esses alunos tiveram que enviá-los às instituições diferentes consideradas especiais. Entretanto, a Constituição serviu para reafirmar o compromisso com os direitos humanos.
Assim, em 1991, a Lei de Cotas surgiu para derrubar qualquer entrave ou obstáculo para milhões de pessoas portadoras de deficiência, oferecendo mais dignidade, como oportunidade de trabalho. Entretanto, foi em 2000 que se viu mais avanços com a Lei 10.098.
Qual é a principal Lei de Acessibilidade no Brasil?
A Lei 10.098 é considerada a primeira lei de acessibilidade no Brasil. Ela traz temas importantes como o direito de ir e vir das pessoas com deficiência. Também há trechos dedicados à acessibilidade nos meios de transportes, como o transporte coletivo.
Além disso, a Lei determina que as pessoas portadoras de deficiência tenham acesso aos meios legais para que se sintam realmente representadas. Assim, a partir dessa lei que a acessibilidade no País passou realmente a ser reconhecida.
Outro ponto importante abordado na lei são os espaços públicos. Segundo o artigo 4º da norma, parques e demais espaços de uso público existentes, assim como as respectivas instalações de serviços e mobiliários urbanos deverão ser adaptados para as pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.
As áreas externas ou internas da edificação, destinadas à garagem e ao estacionamento de uso público deverão ter vagas reservadas próximas aos acessos de circulação de pedestres. Essas vagas devem ser sinalizadas para veículos que transportam pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.
Além da Lei de Acessibilidade, em 2004, o Governo Federal, através do decreto nº 5296, citava as normas da ABNT e discorria sobre alguns pontos da Lei como acessibilidade geral, atendimento prioritário, transporte coletivo, etc.
Assim, as normas técnicas da ABNT foram compiladas na ABNT NBR 9050. Por isso, o Estatuto da Pessoa com Deficiência reuniu todas as informações revisadas.
Deste modo, os empreendedores, construtores e portadores de deficiência passaram a ter mais acesso à informação. Logo, as leis de acessibilidade no Brasil pareciam estar prontas e em ação. Porém, apesar de avançadas, ainda existiam alguns pontos para serem discutidos e melhorados.
Um deles é a exigência em relação às calçadas. É fato que ainda hoje vemos muitos problemas como calçadas mal conservadas, falta de rampas e de elevadores de acessibilidade em alguns edifícios.
O que diz o Estatuto da Pessoa com Deficiência?
Criado em 2015, o Estatuto da Pessoa com Deficiência é o maior documento sobre as condições da pessoa com deficiência no Brasil. Ele é a base legal, pois é amparado pela Lei anterior, mas ainda é um documento revisto e com complementações.
O Estatuto entrou em vigor em 2016 e trouxe uma novidade para a construção civil. Ele também serviu para integrar totalmente os espaços urbanos, tanto os residenciais como é o caso dos condomínios, como os públicos e privados.
Entre os principais pontos abordados no Estatuto, podemos citar o artigo 4º. Nele, o direito à igualdade de oportunidades é garantido pela norma. No mesmo artigo é mencionada a questão da discriminação.
É proibido qualquer tipo de discriminação a pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida. Outro ponto importante são os aspectos de inclusão do deficiente como um todo.
No Estatuto também é descrito os direitos fundamentais da pessoa com deficiência e previstos crimes e infrações administrativas cometidas com os deficientes e os seus direitos.
O que podemos aprender mais com as leis de acessibilidade no Brasil?
É importante enfatizar que as leis de acessibilidade no Brasil deram as bases legais para garantir a acessibilidade em várias áreas. Hoje, há meios de comunicação preocupados com a linguagem de sinais e os direitos da pessoa com deficiência.
Também vemos meios de transporte que se preocupam com a instalação de rampas de acesso para cadeirantes, que garantem o direito de ir e vir. Portanto, pensar no próximo é promover a acessibilidade de todos, desde os deficientes visuais, auditivos, mentais, físicos, etc.
Afinal, o direito à acessibilidade é a forma mais bela de lutarmos por um país mais justo para todos. Além disso, os espaços públicos ou privados que não se importam com as leis de acessibilidade no Brasil, não têm seus projetos arquitetônicos aprovados.
Outro ponto importante para a acessibilidade é a educação. É necessário que as faculdades adaptem seus espaços físicos e digitais para receberem os alunos com deficiência, pois as faculdades que não são adaptadas para a acessibilidade, não podem cadastrar novos cursos.
Portanto, a direção da faculdade precisa pensar em construir espaços acessíveis para as pessoas com deficiência, mobilidade reduzida, surdas e mudas, e também portadores de deficiência visual.
Entretanto, você deve se perguntar: como adaptar os ambientes acadêmicos? Primeiro, eles deverão ter rampas, elevadores de acessibilidade, pisos adaptados para deficientes visuais, corrimãos e até intérprete de Libras.
Pois, a Constituição Brasileira diz que todos os cidadãos são iguais perante a lei. E, portanto, alunos ou visitantes das instituições devem ter o direito à acessibilidade respeitado.
O que dizer sobre as leis de acessibilidade na área da saúde?
Segundo a Lei de Acessibilidade em relação a área da saúde, prédios públicos devem seguir o Estatuto da Pessoa com Deficiência. Também é importante enfatizar que a Agência Nacional de Saúde Suplementar é quem será a responsável por estabelecer os planos de saúde para quem precisa, respeitando a questão da acessibilidade em todas as comunicações.
Agora que você entendeu as principais leis de acessibilidade no Brasil, que tal conversar com o seu engenheiro e entender como funciona a acessibilidade na construção civil? Invista em acessibilidade e tenha sucesso nos empreendimentos!
A acessibilidade no Brasil ainda é um grande desafio. No entanto, hoje há cidades que possuem maior acessibilidade, ou seja, que contam com recursos para ajudar na locomoção de pessoas e estimular a interação entre a própria cidade e a população. São mais agradáveis e acolhedoras para a pessoa com deficiência, mobilidade reduzida e turistas.
Além disso, as cidades mais acessíveis são as que garantem o acesso igual aos direitos fundamentais, melhoram a qualidade de vida da população e asseguram que todo mundo, independentemente de mobilidade, capacidade ou idade tenham igual acesso a todos os recursos que qualquer município pode oferecer.
No entanto, para que você conheça as cidades com maior acessibilidade no Brasil, preparamos este post. Ficou interessado no assunto? Então, confira o nosso artigo!
São Paulo (SP)
A cidade de São Paulo é a primeira da lista das cidades com maior acessibilidade no Brasil. Considerada uma das maiores capitais do mundo, ela se destaca por apresentar atrações como o Memorial da América Latina e o Museu do Futebol.
Esses locais também têm áudio-guias, maquetes táteis, totens em braille, imagens em relevo, acesso para cadeirantes e piso tátil.
Lembra que quando falamos em acessibilidade, não pensamos apenas nas pessoas com mobilidade reduzida, mas em quem tem deficiência visual e auditiva.
Por isso, é importante que as cidades brasileiras façam como São Paulo, invistam em projetos que atendem qualquer pessoa com mobilidade reduzida ou outro tipo de deficiência.
Rio de Janeiro (RJ)
Outra cidade com maior acessibilidade no Brasil é o Rio de Janeiro. Considerada a Cidade Maravilhosa, ela é conhecida por sediar as Paraolimpíadas em 2016.
Atletas de várias partes do Brasil e do mundo brilharam nos jogos durante o evento, que recebeu R$ 75 milhões em obras de acessibilidade.
Além disso, hoje, o turista com deficiência pode ir ao Pão de Açúcar e ao Cristo Redentor sem nenhum problema.
Florianópolis (SC)
A cidade de Florianópolis é a terceira capital com maior acessibilidade no Brasil. No entanto, mesmo sendo considerada um modelo, a capital de Santa Catarina implementa melhorias de acessibilidade e conta com um manual conhecido como “Calçada Certa” para os moradores seguirem.
Neste manual, há normas e definições em relação a instalação de pisos e rampas para travessias, o que facilita a orientação de pessoas com deficiência visual ou cadeirantes.
Mesmo assim, a acessibilidade urbana ainda é um desafio para as cidades que buscam a inclusão social. E por isso, todas as regiões da “ilha da magia” foram avaliadas e cerca de 20 vias foram analisadas por pesquisadores.
Como resultado deste estudo, três locais foram considerados adequados por possuírem calçadas mais acessíveis. São eles: Praça 15 de Novembro, Terminal Rodoviário Rita Maria e Centro de Estudos da Polícia Militar de SC.
Foz do Iguaçu (PR)
Cidade linda, conhecida pelas Cataratas do Iguaçu. Foz recebe milhares de turistas de várias partes do mundo e é considerada o primeiro município no turismo de inclusão no País. É um dos destinos com maior acessibilidade no Brasil com pontos turísticos.
Salvador (BA)
Salvador também é outra cidade com maior acessibilidade no Brasil. Ela adaptou aos tempos modernos. A cidade possui um centro histórico que é considerado patrimônio cultural da humanidade.
Hoje, o local conta com guias rebaixadas, elevadores e rampas, recursos que ajudam a transitar pelas famosas escadarias e ladeiras de Salvador.
Uberlândia (MG)
E temos uma cidade mineira em nossa lista! Uberlândia não consta no site do Governo Federal como uma das cidades com maior acessibilidade no Brasil, mas ela não pode ficar de fora. O motivo? É que em cada esquina da cidade, você encontra rampas de acessibilidade. Se você andar pelo Centro ou pelos bairros, verá piso tátil e uma frota de ônibus coletivos com elevadores para cadeirantes.
Para você ter ideia, a acessibilidade é tão importante para os mineiros, que em Uberlândia, qualquer projeto para uma nova rua, loteamento ou prédio só pode ser aprovado se tiver um plano de mobilidade. Bom para os 600 mil moradores e para quem tem mobilidade reduzida e visita o município.
Como pode ver, essas são as cidades com maior acessibilidade no Brasil e que você pode conhecê-las.