A acessibilidade na construção civil é mais do que uma obrigação. E quem planeja e executa as obras são os responsáveis por essa condição, como, por exemplo, o engenheiro.
Diante desse contexto, iremos falar sobre esse tema fundamental para quem é investidor e visa agregar valor aos seus imóveis por meio do conforto e bem-estar de todos.
Então, continue a leitura para conferir!
Vamos lá?
A importância da acessibilidade na construção civil
A acessibilidade na construção civil é uma característica essencial dos ambientes.
Ela garante a segurança, autonomia e conforto para todas as pessoas, independentemente de suas limitações físicas, sensoriais, cognitivas ou de mobilidade.
Afinal, o Brasil possui 18,6 milhões de pessoas com deficiência (PCD), representando 8,9% da população com 2 anos ou mais, de acordo com o Governo Federal.
E isso sem contar as pessoas com mobilidade reduzida, um grupo ainda mais complexo de mensurar e contabilizar.
Por isso, a acessibilidade na construção civil não é apenas uma iniciativa social, mas uma exigência legal, regulamentada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
A norma NBR 9050 define o termo acessível como: “espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes, informação e comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias, ou qualquer elemento que possa ser alcançado, acionado, utilizado e vivenciado por qualquer pessoa”.
E a Lei Nº 10.098 estabelece normas gerais e critérios essenciais para promover a acessibilidade de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.
O objetivo é eliminar barreiras e obstáculos em vias e espaços públicos, no mobiliário urbano, na construção e reforma de edificações, e nos meios de transporte e comunicação.
Além dessas, há outros inúmeros decretos, convenções, portarias e até legislações internacionais que devem ser consultados e seguidos ao idealizar um novo projeto na construção civil.
Dessa forma, é possível assegurar que pessoas com deficiência e mobilidade reduzida tenham seus direitos de livre acesso garantidos.
Além disso, essa atenção à acessibilidade mantém o seu investimento em conformidade legal, evitando possíveis prejuízos no futuro.
No campo do design e da engenharia, a acessibilidade envolve planejar e adaptar elementos para atender às necessidades de um público amplo, incluindo pessoas com deficiência e mobilidade reduzida.
É um aspecto central do design universal, que busca desenvolver soluções úteis e funcionais para o maior número possível de pessoas.
De acordo com a NBR 9050, o conceito de “desenho universal” envolve a “concepção de produtos, ambientes, programas e serviços a serem utilizados por todas as pessoas, sem necessidade de adaptações ou projetos específicos, incorporando recursos de tecnologia assistiva sempre que necessário“.
A engenharia civil tem a responsabilidade de criar métodos de acessibilidade nas cidades, e fomentar o debate da importância dessa condição na construção civil dentro do âmbito acadêmico.
Não por acaso, a formação do engenheiro deve contemplar a acessibilidade na construção civil, incentivando a pesquisa para gerar mais embasamento teórico.
Os graduandos precisam entender os problemas que a falta de mobilidade gera nas pessoas, e como os ambientes acessíveis ampliam a noção de urbanidade.
Qual é o papel do engenheiro em relação à acessibilidade na construção civil?
Como deu para perceber, a acessibilidade na construção civil está ligada à atuação dos profissionais da área.
Quando chega a hora de construir ou reformar um imóvel, é essencial que o engenheiro tenha um bom entendimento das normas técnicas em vigor, para que os projetos atendam aos requisitos legais e promovam a inclusão de todas as pessoas.
Assim, o papel do engenheiro inclui:
Planejar: incorporar soluções de acessibilidade desde o início, garantindo espaços que permitam a circulação segura, confortável e autônoma;
Adaptar ambientes existentes: diagnosticar barreiras físicas e propor soluções viáveis que melhorem a funcionalidade do espaço;
Escolher materiais e tecnologias: optar por itens que facilitem o uso por todos, como pisos táteis, sinalização acessível, rampas, elevadores e portas automáticas;
Supervisionar a execução das obras: se certificar de que as soluções de acessibilidade previstas sejam corretamente implementadas;
Ser um agente de mudança: promover a conscientização sobre a importância da acessibilidade para todos os envolvidos e na comunidade.
É fundamental que engenheiros e arquitetos trabalhem em conjunto para criar espaços acessíveis e funcionais. Eles precisam avaliar, com cuidado, as soluções contempladas no projeto, considerando a realidade de pessoas com mobilidade reduzida.
Além disso, o engenheiro deve estar sempre atualizado sobre inovações em tecnologia assistiva e desenho universal, aplicando essas ideias em seus projetos.
Portanto, podemos afirmar que o engenheiro civil éo responsável por implementar ações de acessibilidade na construção, e cabe a ele conhecer bem toda a legislação e aplicá-la adequadamente.
O futuro da acessibilidade na construção civil
Hoje, a acessibilidade e a engenharia civil caminham lado a lado, ajudando a criar ambientes urbanos inclusivos e acessíveis para todos.
O nível de atuação que observamos, atualmente, em acessibilidade na construção civil é resultado dos esforços de debate e conscientização de engenheiros civis e arquitetos.
O futuro promete um entendimento ainda mais profundo e avanços significativos na acessibilidade. Os projetos desenvolvidos hoje serão referências em um curto espaço de tempo.
Quanto mais a acessibilidade for considerada um ponto central na elaboração de projetos, mais essa preocupação se tornará um padrão para a construção de estruturas no futuro.
Além disso, haverá uma maior conscientização na área da engenharia civil. Existe uma pressão crescente para incluir disciplinas sobre acessibilidade na formação dos futuros engenheiros civis.
Isso está gerando um grupo de profissionais engajado que produz conteúdo para apoiar suas ideias sobre mobilidade urbana. Portanto, essa conscientização é fundamental para sensibilizar toda a população.
Com isso, novas técnicas, normas e leis surgirão, com rigor ainda maior e abordagens mais eficazes. Podemos esperar o aparecimento de tecnologias assistivas e produtos inovadores que promovam ainda mais a inclusão.
Estabelecimentos comerciais, condomínios residenciais, academias, praças e parques públicos projetados com foco em mobilidade e acessibilidade inspiram a criação de novos espaços.
Assim, alimentamos um ciclo benéfico que, em um cenário otimista, poderá resultar na padronização da acessibilidade. Esse é o futuro que podemos vislumbrar, e essa é a responsabilidade dos engenheiros civis.
A verdade é que a acessibilidade na construção civil depende das ações inclusivas, coerentes e responsáveis do engenheiro. Ele é o agente por trás dessa condição.
Por isso, na hora de investir em um empreendimento, contrate um engenheiro que respeite as normas técnicas e a legislação, e que acima de tudo, ainda esteja atualizado com as tecnologias do mercado.
Somente assim você será capaz de assegurar um investimento de valor agregado, justo e legal.
Mas, não pare por aí! Continue se aprofundando no assunto! Aprenda mais sobre a acessibilidade na construção civil clicando no botão abaixo para baixar o e-Book sobre o tema.
Comprar um imóvel na planta pode representar uma decisão bastante inteligente para quem planeja investir no mercado imobiliário.
Além da flexibilidade no pagamento e preço acessível, as construtoras conseguem personalizar as plantas conforme o desejo do comprador,valorizando o imóvel.
Você está na dúvida se vale ou não comprar um imóvel na planta? Então leia este artigo e confira detalhes antes de tomar esse tipo de decisão.
O que é um imóvel na planta?
Como o próprio termo ressalta, o imóvel na planta é aquele empreendimento que está na etapa de planejamento ou nas fases iniciais da construção. Isto é, ele não está pronto para uso imediato.
Na prática, a compra de um apartamento ou uma casa na planta mostra um investimento que depende do andamento da obra.
Em decorrência deste hiato entre a compra e a entrega das chaves, é comum que as condições de preço e formas de pagamento sejam melhores quando comparadas aos imóveis já prontos.
De forma geral, os imóveis na planta são comprados por investidores ou por quem visa realizar a compra programada para o futuro.
A construtora é a responsável pelo empreendimento, desde o início da obra até a entrega das chaves, e negocia as unidades diretamente com os compradores.
Vale a pena investir em imóveis na planta?
A compra da casa própria ainda representa uma parte importante da lista de desejos de muitos brasileiros.
O relatório mostra que 33% das pessoas que investem no mercado financeiro fazem isso para utilizar os rendimentos na aquisição de um imóvel.
No entanto, umrelatório elaborado pelo QuintoAndar revelou que o preço de imóveis à venda na cidade de São Paulo subiu 3,7% no primeiro trimestre de 2024, quando comparado ao período homólogo.
Cenário semelhante foi constatado em todas as oito regiões monitoradas, com alta dos preços.
Diante deste cenário, o investimento em imóveis na planta passa a ser uma boa saída. Mesmo que o risco seja um pouco maior, essa modalidade associa preços baixos com a possibilidade de personalização do imóvel e maior disponibilidade de unidades.
Durante a fase de obra, as construtoras oferecem descontos e condições especiais para atrair compradores. Com isso, obtém mais recursos para pagamento dos custos da obra, aumentando o capital de giro.
Sendo assim, a possibilidade de adquirir um imóvel ainda em construção permite vantagens interessantes, como as apresentadas a seguir.
6 vantagens da compra de um imóvel na planta
Comprar um imóvel na planta pode garantir muitos benefícios para futuros investidores. Veja a seguir 6 das principais vantagens que esse negócio pode proporcionar.
1. Preços reduzidos
Uma das vantagens de adquirir um apartamento na planta está associada ao valor, geralmente menor quando comparado aos imóveis finalizados.
Durante a fase de pré-construção, as construtoras oferecem descontos e condições especiais de pagamento para atrair compradores e também investidores.
Logo, essa é uma oportunidade única para quem atua com investimento em imóveis.
2. Valorização do imóvel
A segunda vantagem é a valorização do imóvel. À medida que a construção avança, é comum que os preços sejam reajustados para cima, incrementando o valor do empreendimento.
Esteartigo da QuintoAndar destaca que as propriedades apresentam uma valorização anual de cerca de 15% a 20%. No entanto, a valorização dos imóveis na planta é ainda maior, variando entre 15% e 40%.
Ou seja, investidores podem ter um retorno financeiro bastante interessante.
3. Facilidade de pagamento
O pagamento de imóvel também tende a ser facilitado durante a construção. As construtoras costumam parcelar o valor da entrada imóvel e o valor das parcelas é reduzido. Logo, o investimento torna-se mais acessível ao longo do tempo.
Além disso, obter financiamento costuma ser mais fácil por ter a construtora como intermediária. Tal fato facilita o planejamento financeiro e evita impactos imediatos no orçamento do comprador.
4. Maior disponibilidade de unidades
Durante a fase de pré-construção, há uma maior disponibilidade de unidades em comparação com imóveis prontos.
Isso aumenta as possibilidades de encontrar um apartamento ou uma casa que atenda às necessidades de investidores quanto à metragem e, principalmente, localização.
5. Instalações mais modernas
Em imóveis antigos, é natural que os problemas elétricos/hidráulicos comecem a surgir ao longo do tempo. Já em apartamentos na planta, o nível de preocupações é muito menor.
Outro ponto é que os projetos atuais são mais modernos. Com isso, contam com acabamentos funcionais, espaços otimizados e serviços adicionais que não estão disponíveis em empreendimentos antigos.
6. Possibilidade de personalização do imóvel
Ao comprar um imóvel na planta, é possível personalizá-lo. Isto é, acabamentos, revestimentos, cores e modificações no layout interno tornam-se possíveis.
Assim, é possível escolher desde a escolha do piso até a cor das paredes, proporcionando uma identidade única para o imóvel.
Para pessoas com deficiência, a fase de construção representa uma vantagem significativa.
Outra vantagem da compra ainda na fase de pré-construção é a possibilidade de planejar a instalação de elevadores de acessibilidade paraPCD. Eles aumentam a segurança, levam mais conforto e melhoram a autoestima das pessoas, além devalorizar o imóvel!
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Eles são projetados para atender às necessidades específicas de cada cliente, garantindo acessibilidade e mobilidade com praticidade e elegância.
Logo, se é um investidor que está comprando um imóvel na planta, pense na possibilidade de, ainda no projeto, planejar a instalação de um elevador! Certamente a casa ou apartamento apresentarão uma valorização ainda maior!
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Você sabe o que é acessibilidade? Basicamente, ela se refere a um direito assegurado por lei que visa remover barreiras físicas, arquitetônicas, de comunicação e de atitudes. Nos projetos de construção civil, a NBR 9050 garante esse direito.
Conhecida como a norma de acessibilidade, a NBR 9050 reforça o direito ao acesso em todos os lugares, principalmente no meio urbano. No entanto, muitas pessoas ainda têm dúvidas a respeito desta lei.
Esse é também o seu caso? Então, continue com a gente. Neste artigo, vamos esclarecer alguns pontos sobre a NBR 9050, sua importância e por que ela ajuda a garantir a acessibilidade na construção civil.
Norma de acessibilidade: o que é a NBR 9050?
Norma técnica brasileira publicada pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), a NBR 9050 é uma das principais responsáveis por transformar as edificações do país em espaços mais acessíveis e inclusivos.
Para alcançar esse objetivo, a norma da acessibilidadeestabelece critérios e parâmetros técnicos. Eles dão condições para que as pessoas com deficiência tenham acesso a todo tipo de estabelecimento.
Ela também direciona engenheiros, arquitetos, pedreiros e demais profissionais da área a entenderem como devem ser realizadas as instalações e adaptações das edificações mobiliárias.
Na norma, há regras relacionadas às sinalizações, acessórios e estruturas civis cujo uso deve ser garantido a todos. Sempre de maneira autônoma, independente e, principalmente, segura.
Essa utilização se relaciona com o conceito de acessibilidade. Segundo este trabalho, a “acessibilidade é a facilidade com que as pessoas conseguem alcançar lugares e oportunidades – ou, inversamente, uma característica de lugares e oportunidades em termos do quão facilmente eles podem ser alcançados pela população”.
Dessa forma, oferecer tais condições às pessoas com deficiência garante uma melhora na qualidade de vida desses indivíduos.
Também assegura o cumprimento de direitos fundamentais, especialmente quanto à mobilidade e acessibilidade urbana, que ainda envolve muitos desafios.
A nova norma de acessibilidade
O texto é atualizado regularmente com o objetivo de refletir as melhores práticas e as inovações técnicas na área de acessibilidade. O mesmo estabelece critérios e parâmetros que devem ser observados em todas as etapas de uma obra, ou adaptação relacionada à construção civil.
Isso inclui a instalação e adaptação de edificações, mobiliário, equipamentos e espaços urbanos, focando sempre na promoção da acessibilidade.
A última atualização da NBR 9050 foi em 2020, trazendo algumas mudanças para facilitar a manobra de cadeiras de rodas e aprimorar as normas de segurança. Especialmente quanto às proteções que ajudem a evitar quedas em áreas de circulação.
As regulamentações para plataformas elevatórias e esteiras rolantes também passaram por atualizações. Assim, limitando o uso de esteiras rolantes em rotas acessíveis e ajustando as alturas permitidas para plataformas de elevação.
O conceito de desenho universal também foi incorporado à nova atualização. Ele passou a oferecer um padrão que garante os direitos e a cidadania. Isto é, permitindo que seja aplicado nos mais diversos empreendimentos de construção civil.
Diante destas mudanças, a tecnologia passou a ser uma forte aliada da acessibilidade. Os profissionais tiveram que ir além do projeto arquitetônico. Tendo que, também, considerar suas características particulares que transformam o local em um ambiente alcançável para todos.
Quer saber mais sobre esse tema? Então, acesse o infográfico da JE Elevadores.
Principais mudanças na NBR 9050
Veja a seguir as principais mudanças que atualizaram a NBR 9050. Essas alterações se baseiam em muitos pontos, relacionando desde os mobiliários acessíveis até as dimensões das rampas em calçadas. Veja:
Mobiliários em rotas acessíveis
Um dos pontos mais importantes da NBR 9050 são as calçadas. Em todos os mobiliários, as rotas devem ser acessíveis, principalmente para quem precisa usar cadeira de rodas, andador ou muletas.
Além disso, em alguns pontos desse trajeto, será necessário adaptar puxadores e maçanetas. Ou seja, oferecendo acessibilidade para quem tem deficiência visual.
Ampliação da acessibilidade
Na atualização da NBR 9050 foi acrescentada a utilização de transportes, o que antes não fazia parte do escopo. Assim como a informação e os sistemas de tecnologias.
Símbolos e desenhos
Com a nova norma de acessibilidade, símbolos e desenhos devem seguir um padrão específico. A altura do símbolo deve ter a proporção de 1/200 da distância de visada, com mínimo de 8 cm.
Já o desenho do símbolo deve atender às seguintes condições:
Contornos fortes e bem definidos;
Simplicidade nas formas e poucos detalhes;
Estabilidade da forma;
Utilizar símbolos de padrão internacional.
Sinalização sonora
A nova NBR 9050 também atualizou informações sobre a sinalização sonora, como a colocação de sinais em área de resgate. A norma tem como foco as rotas de fuga que se adaptam às pessoas com cadeiras de rodas.
Os sinais sonoros verbais devem ter as seguintes características:
Podem ser digitalizados ou sintetizados;
Devem conter apenas uma sentença completa;
Devem estar na forma ativa e imperativa.
Rampas nas calçadas
É bom ficar atento quanto às rampas. Na atualização mais recente, a inclinação máxima da rampa de rebaixamento continua em 8,33% (1:12).
Porém, agora há a recomendação de utilizar uma inclinação igual ou menor que 5% (1:20).
Quem fiscaliza o cumprimento da NBR 9050?
Também é importante destacar que, de acordo com a NBR 9050, todos os projetos arquitetônicos devem ter o certificado de acessibilidade. Assim, comprovam as adaptações e os parâmetros determinados pela legislação.
Cabe ao Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA) fiscalizar a NBR 9050.
Já o documento que atesta o atendimento à norma é a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), vinculada ao projeto. Os órgãos municipais de licenciamento para obras também podem realizar essa vistoria, sendo amparados pelas leis federais e municipais.
Importante destacar que o direito à acessibilidade é uma lei que foi regulamentada pelo Decreto 5.296, de 2004. Já em 2015 foi promulgada a Lei de Inclusão (Lei nº13.146/2015) para complementar essa legislação.
5 passos para tornar seu projeto de construção civil mais acessível
Tornar uma construção totalmente acessível para pessoas com deficiência é um grande desafio para engenheiros e arquitetos.
Entretanto, o resultado desses esforços é recompensador, principalmente com uma inclusão genuína. Permitindo que todos, independentemente de suas habilidades, tenham o direito de usufruir plenamente do empreendimento.
Dessa forma, vale conferir cinco passos essenciais para alcançar tal objetivo:
1.Conheça e aplique as normas de acessibilidade:
O passo inicial é conhecer a norma de acessibilidade. Ela fornece diretrizes detalhadas sobre como deve ser o projeto e a construção de espaços acessíveis, abrangendo aspectos diversos, como:
Largura de corredores;
Inclinação de rampas;
Altura de balcões;
Instalação de elevadores acessíveis e banheiros adaptados.
Além de ficar em conformidade com a NBR 9050, essas medidas garantem que as obras de construção atendam às necessidades reais das pessoas.
2.Incorpore o Desenho Universal
Segundo a NBR 9050, o Desenho Universal tem como pressuposto a criação de espaços utilizáveis por todos, permitindo maior interação. Isso inclui considerar aspectos como:
Facilidade de navegação;
Sinalização clara e intuitiva;
Utilização de melhor tecnologia, quando necessário.
3.Foque na mobilidade e circulação:
É essencial garantir que as áreas sejam acessíveis a todos. Ou seja, as rotas devem ser livres de obstáculos, com portas e corredores largos o suficiente para a passagem de cadeiras de rodas. Bem como, precisam ter superfícies planas e firmes.
As entradas devem ter rampas de acesso e/ou elevadores, e as escadas necessitam ser equipadas com corrimãos de ambos os lados.
4.Considere aspectos sensoriais e cognitivos
Para a garantia de acessibilidade, também deve-se considerar as necessidades de pessoas com deficiências sensoriais ou cognitivas. Isso inclui o uso de:
Sinalização em Braille;
Avisos sonoros em elevadores;
Contrastes visuais fortes para pessoas com baixa visão;
Áreas tranquilas para pessoal que se sentem desconfortáveis em ambientes agitados.
5.Realize consultas e testes de usabilidade
É fundamental envolver pessoas com deficiência no processo de planejamento. Também é interessante solicitar feedbacks sobre o design.
Além disso, testes de usabilidade e caminhadas de acessibilidade com usuários reais são excelentes formas para revelar problemas. Desse modo, permitindo a criação de ambientes verdadeiramente inclusivos.
Invista em elevadores e plataformas de acessibilidade
Mais do que uma obrigação, a instalação destes aparelhos é uma questão de cidadania, já que irá garantir a presença de pessoas com mobilidade reduzida em todos os espaços.
Assim, se você é investidor ou empresário, deve pensar em proporcionar a acessibilidade através de elevadores e plataformas de acessibilidade.
Portanto, uma obra de construção civil 100% segura depende do alinhamento do projeto à Norma NBR 9050. Este é o caminho certo para que as pessoas com mobilidade reduzida tenham o direito de acessar qualquer ambiente.
Neste caso, o uso de elevadores e plataformas de acessibilidade são essenciais e ótimas opções. Por isso, devem ser considerados.
Quer saber mais sobre a importância da acessibilidade na construção civil? Então, confira o e-book sobre esse tema.
Todos conhecem as calçadas com acessibilidade, certo? Mas nem todos compreendem as características que definem uma calçada acessível.
Então, para solucionar essas e demais dúvidas quanto ao assunto, continue a leitura. Listamos a seguir as principais informações sobre acessibilidade em calçadas.
Boa leitura!
Qual é a importância das calçadas com acessibilidade?
As calçadas com acessibilidade são cruciais para as pessoas com mobilidade reduzida. Para quem precisa de apoio para se locomover, todo cuidado é pouco. Logo, as calçadas acessíveis são indispensáveis para promover maior segurança, liberdade e igualdade àqueles que necessitam de suporte.
Além disso, é um direito constitucional, presente na Declaração dos Direitos Humanos da ONU, o de ir e vir. O que obriga o Estado a oferecer contextos e espaços favoráveis aos habitantes.
Segundo um manual da Câmara dos Deputados, a qualidade da urbanização também depende desse elemento. Em outras palavras, as calçadas são um parâmetro para medir o nível de desenvolvimento de uma cidade.
“As cidades deveriam ser planejadas para as pessoas, as quais primordialmente caminham. A acessibilidade das calçadas, portanto, é uma questão de extrema importância, não só para que as pessoas com deficiência consigam utilizá-las, mas, na verdade, para toda a população, sejam crianças, jovens, adultos, idosos”.
Nesse contexto, todos sofrem quando uma calçada não está adequada. No entanto, há um maior impacto para as pessoas de mobilidade reduzida. Inclusive, ainda conforme o manual, há um enorme número de acidentes gerados por problemas em calçadas.
Dessa maneira, para uma calçada ser acessível e segura é necessário que o pavimento seja bem nivelado e sem buracos. Além disso, ela deve ter um rebaixamento de qualidade para garantir o acesso da cadeira de rodas.
No entanto, nem sempre isso acontece. Um estudo avaliou as calçadas brasileiras em 5,71, em uma escala de 0 a 10. O mínimo aceitável, conforme a pesquisa, seria a nota 8.
Esse número foi estabelecido com base em critérios quanto às condições das calçadas, da sinalização para os pedestres, o conforto e a segurança.
Segundo uma cartilha do Ministério Público, calçada significa “parte da via não destinada à circulação de veículos, reservada ao trânsito de pedestres e, quando possível, à implantação de mobiliário, sinalização, vegetação e outros fins”.
Já acessibilidade é a “condição para utilização, com segurança e autonomia, total ou assistida, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos serviços de transporte e dos dispositivos, sistemas e meios de comunicação e informação, por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida”.
Dessa forma, uma calçada acessível nada mais é do que um espaço que permite a livre circulação de maneira igualitária e justa. Assim, a locomoção é realizada com independência por aqueles que possuem mobilidade reduzida.
Ainda segundo a cartilha, a acessibilidade nas calçadas permite concretizar as condições de segurança, conectividade e conforto na circulação de pessoas nas cidades.
Quais são as características das calçadas com acessibilidade?
Existem algumas características das calçadas com a acessibilidade que as definem. Conforme o manual citado anteriormente, as calçadas precisam contar com uma largura suficiente e, de preferência, arborização para uma maior proteção do sol.
Além disso, elas precisam contar com boa iluminação para períodos noturnos e equipamentos que contribuem para um caminhar mais agradável. Como, por exemplo, bancos e jardins, faixas de travessia, semáforos especiais, placas de sinalização, entre outros.
E por falar em faixa, a calçada é divida em 3, sendo elas:
Faixa de serviço: mais próxima à guia. É destinada à instalação de postes, lixeiras, árvores e rampas de acesso;
Faixa livre: faixa do meio. Destinada exclusivamente à circulação de pessoas. Precisa ter continuidade entre os imóveis, sem inclinações;
Faixa de acesso: faixa mais próxima ao imóvel.
A Faixa Livre, inclusive, é a mais importante! Ela precisa, de acordo com a prefeitura de São Paulo:
Ter superfície regular, firme, contínua, antiderrapante e que não cause trepidação;
Ter inclinação longitudinal e transversal adequadas;
Ser livre de qualquer barreira, interferência ou obstáculos;
Ter altura livre de interferências construtivas e de interferências de instalação pública (como placas e sinalizações);
Ser destacada, visualmente, das outras faixas;
Ter largura mínima de 1,20m;
Corresponder a, no mínimo, 50% da largura total da calçada quando a mesma tiver mais de 2,40m de largura.
Para garantir calçadas com acessibilidade, é necessário construí-las com rebaixamentos adequados (sem desnível), com inclinações coerentes com as principais normas e seguindo as restrições de cada faixa.
Importante destacar que as calçadas com acessibilidade também devem contar com sinalização tátil para sinalizar e guiar as pessoas com deficiência visual.
Próximo passo
As calçadas com acessibilidade, como vimos, são fundamentais para promover segurança, conforto, bem-estar e autonomia às pessoas com mobilidade reduzida. Esse é um direito que deve ser assegurado pelo Estado e seus governos.
Mas a busca por acessibilidade não para por aí. É necessário garantir a independência e a qualidade de vida dessa parcela da população, em suas casas também! Para entender mais sobre esse assunto, clique aqui e acesse nosso conteúdo completo com dicas de como escolher um elevador de acessibilidade residencial.
Entender o projeto de acessibilidade na arquitetura requer um pensamento mais amplo, diferente do que é feito em grande parte das adaptações para pessoas com mobilidade reduzida em estruturas como prédios públicos, áreas residenciais e estabelecimentos comerciais.
Isso se torna evidente inclusive durante esse próprio parágrafo: note que usamos a palavra “adaptação”, que na realidade das pessoas com mobilidade reduzida se traduz em tornar um ambiente muitas vezes intransponível para elas em um com as mínimas condições de locomoção. Esse não deveria ser o objetivo do projeto de acessibilidade na arquitetura.
Pode parecer que estamos falando contra a causa do projeto de acessibilidade, mas na verdade é o contrário. Quer saber mais sobre esse debate? Então continue a leitura!
O projeto de acessibilidade na arquitetura foca na mobilidade
O que muitos profissionais de arquitetura e da engenharia falham em perceber é que não devem haver adaptações para atender as condições mínimas de locomoção das pessoas com mobilidade reduzida: na verdade, todo o design da estrutura deve ser pensada de forma a propiciar essas condições.
Uma andorinha só não faz verão, assim como uma única rampa de acesso não é o suficiente para que o projeto de acessibilidade seja satisfatório. E o espaço dos corredores? E o tipo de piso utilizado? Será que ele é propício para o trânsito com bengalas, muletas ou cadeiras de roda?
O projeto de acessibilidade, quando bem pensado, procura resolver todas as dificuldades das pessoas que podem vir a frequentar aquela localidade, mas não de forma pontual: é necessário ter uma grande abrangência para garantir não apenas condiçõe básicas, mas o conforto de todas as pessoas, com mobilidade reduzida ou não.
E é aí que entra um conceito interessante, que procura ir além da concepção do projeto de acessibilidade: o desenho universal. Continue lendo para descobrir o que ele é!
O que é o Desenho Universal?
Ao final da segunda guerra mundial, a população americana que apresentava mobilidade reduzida cresceu consideravelmente, principalmente devido aos ferimentos de guerra. Quando esses veteranos voltaram para casa, descobriram que grande parte das estruturas não contemplava o uso de muletas, bengalas ou cadeiras de rodas, e não havia nenhum tipo de auxílio de locomoção para pessoas cegas pela rua.
Assim, nessa época foi criado o Desenho Livre de Barreiras, que mais tarde passou a se chamar o Desenho Universal. O Brasil abraçou essa iniciativa com o seu boom de crescimento urbano nos anos sessenta, e hoje em dia o Desenho Universal é o principal norteador do projeto de acessibilidade na arquitetura.
A própria ABNT se baseou nos seus preceitos para a elaboração da NBR 9050, que regula o projeto de acessibilidade na engenharia. Porém, mesmo com os esforços feitos, as recomendações do Desenho Universal não são todas seguidas à risca.
uso equitativo, flexibilidade no uso, uso simples e intuitivo, informação perceptível, tolerância ao erro, baixo esforço físico e tamanho e espaço para aproximação e uso.
O projeto de acessibilidade que se pauta inteiramente no desenho universal apresenta sete guias principais. São elas:
Uso Equitativo: o entendimento que todos devem ser capazes de se movimentar sem barreiras;
Flexibilidade no uso: a criação de várias opções para as mais variadas limitações;
Uso simples e intuitivo: é a facilidade de usar as soluções do projeto de acessibilidade de forma intuitiva, sem precisar de instruções para entender como a estrutura funciona;
Informação perceptível: é a sinalização adequada das opções de mobilidade dentro do projeto de acessibilidade;
Tolerância ao erro: a possibilidade de errar sem ter riscos à integridade física do usuário;
Baixo esforço físico: é a opção de não ter que realizar muito esforço para utilizar um item do projeto de acessibilidade;
Espaço para aproximação e uso: diz respeito ao espaço suficiente para se locomover e utilizar as soluções de acessibilidade;
A tecnologia no projeto de acessibilidade
Hoje em dia, já fizemos muitos avanços no campo tecnológico capazes de oferecer grandes vantagens ao projeto de acessibilidade. Uma delas é o elevador de acessibilidade.
Podendo ser inserido em qualquer estrutura e em espaços reduzidos, o elevador de acessibilidade é capaz de vencer desníveis com facilidade e, principalmente, sem muitos gastos para o proprietário.
Incluir o elevador no seu projeto de acessibilidade, na época em que vivemos, não é apenas uma questão de querer inserir a pessoa com mobilidade reduzida: é um esforço cidadania e respeito, principalmente pelas facilidades que ele traz sem custos ou manutenção elevada.
Se quiser saber mais a respeito dessas soluções para o seu projeto de acessibilidade, não deixe de conhecer a JE Elevadores. Somos especialistas no assunto e trabalhamos todos os dias para oferecer o melhor para o seu projeto de acessibilidade.
E para mais conteúdo relevante como esse, não deixe de seguir o nosso blog, ok? Até a próxima!